UNESCO reconhece importância dos ritmos afro-caribenhos tradicionais da Jamaica
A UNESCO incluiu a música Reggae na Lista Representativa de Património Cultural Imaterial da Humanidade. A distinção aconteceu no decorrer da 13.ª sessão da Comissão Intergovernamental para a Proteção do Património Cultural Imaterial, realizada em Port Louis, na República Maurícia.
No texto da distinção, a Organizaçao das Nações Unidas para a educação, a Ciência e a Cultura sublinha a origem deste estilo musical num "espaço cultural que foi casa de grupos marginalizados, sobretudo em Kingston ocidental."
"O Reggae da Jamaica é uma amálgama de numerosas influências musicais, incluindo estilos jamaicanos anteriores como caribenhos, norte-americanos e ritmos latinos", explica a UNESCO.
A organização da ONU destaca "a contribuição" do Reggae para a consciência internacional "sobre questões de injustiça, resistência, amor e humanidade", pela preservação de "toda uma série de funções sociais básicas da música - sujeita a opiniões sociais, práticas catárticas e tradições religiosas."
Estes ritmos jamaicanos saltaram para o reconhecimento mundial muito por culpa de Bob Marley, sem dúvida o expoente máximo do Reggae e ainda hoje ícone incontornável das batidas envolventes que marcam a boa vibração de uma dança cativante.
Entre as estrelas mais conhecidas do Reggae, destaque também para o guitarrista Peter Tosh, a par de Marley, um dos fundadores dos lendários The Wailers.
Um pouco mais velho que Bob Marley e Peter Tosh, ambos já falecidos, Lee "Scratch" Perry é um dos percursores do Reggae ainda em atividade.
Por alturas do 83.° aniversário, o também produtor e pioneiro do Dub, um dos "filhos" do Reggae, vai andar em digressão pela Europa, curiosamente, atuando pelas ilhas britânicas na mesma altura em que o "brexit" será implementado.
Outras fontes • unesco